Em Maio desse ano eu fui pela primeira vez pra Europa, e acabei nunca postando nada a respeito, mas lendo esse post da Ane Meira do blog Nécessaire sobre a primeira viagem dela a Paris, me deu vontade de falar da minha experiência por lá. Vou começar contando pra vocês sobre a Torre mais famosa do mundo. Mas eu não vou coisas como altura e peso, informações que vocês encontra fácil numa Wikipedia da vida. Vou contar como foi chegar lá, depois de anos de expectativa da minha parte.
Anos esperando pra te ver
Bom, começa assim, quando tu chega em Paris (pela primeira vez pelo menos, depois acho que a pessoa deve fica meio blasé : P), a primeira coisa que tu faz é ficar procurando a Torre. Tipo, tu pega um ônibus do Aeroporto pra ir pro hotel se alojar, e ele fica rodando pela cidade até chegar no hotel, só que tu fica dentro do tal ônibus só naquelas de procurar a torre né, porque bem, vê-la é a confirmação máxima que tu está na Paris, é ver aquela coisa que só tem lá e que aparece em todos os filmes ! Tipo assim, tu te sente mais em Paris vendo ela do que vendo uma placa “Bienvenue à Paris” : P
Boneco de Cera do Eiffel lá no último andar
Então, o ônibus vai aproximando, até que enfim ela aparece, bem de longe, bem pequenininha, mas mesmo assim é emoção total né, se tem algum conhecido do teu lado, tu inevitavelmente grita na hora “Olha !!! A Torre Eiffel !!!! Olha !!! Ali !!!“. Se bem que eu sou uma deslumbrada, de repente não é assim com as outras pessoas, mas a Carrie de Sex and the City teve um comportamento similar também, então não é só eu : P
Bom, depois de chegar, a menos que seja noite, tu sempre dá aquela voltinha pela cidade pra se habituar, mesmo cansada, dai é aquele deslumbre louco, tipo, é só aparecer uma pontinha da Torre, e pá, foto. Nisso tu acaba tendo 200 milhões de fotinhos só porque algum pedaço dela apareceu em algum canto randômico da foto.
Exemplo de foto que você tira só porque apareceu um pedacinho da torre.
Daí, acaba chegando o dia que tu finalmente vai lá visitar a dita cuja, ponto turístico obrigatório. Mas assim ó, não importa a hora ou o dia que tu vá, vai tá sempre lotada, sempre cheia, sempre com fila. O que dá pra fazer é ir num horário com um pouquinho menos de fila. E nem é culpa dos elevadores, tem 4 (um em cada perna da torre), são grandes e rápidos, mas não adianta, é simplesmente gente demais (é o monumento pago mais visitado do mundo). E isso que custa 12 euros por pessoa !
Busto do Senhor Eiffel embaixo da Torre.
É tipo subir no Cristo Redentor, tem gente de todas as nacionalidades inimagináveis. Um joguinho divertido pra vencer o “tédio” na fila quilométrica é brincar de adivinhar a nacionalidade de um turista, e quando ele chegar perto tu vê a língua que ele tá falando e descobre se acertou. Ok, parece meio tosco, mas pelo menos na hora é divertidinho. Na fila tinha até uma mãe loirinha com cara de cansada com seus 3 filhos loirinhos super irriquietos, coisa mais meiga, parecia a Lynette de Desperate Housewives : P
Na vez que eu fui lá tinha uma galera do Free Hugs, aquele pessoal gente fina que distribui abraços de graça. Óbvio que peguei o meu, de graça né ?!
Meu irmão exigindo seu free hug.
Bom, se você não tiver afim de esperar pelo elevador, pode ir pelas escadas, mas sério não faça isso se você tem amor pelas suas pernas, o negócio é alto demais. Se você realmente odeia esperar em filas, faça como eu, aguente a fila pra suber mas desça pelas escadas. Dói as pernas também, mas descer é sempre mais fácil. O bom é que além da bela vista, tem uns posters com curiosidades bem legais da Torre Eiffel nas escadas, falam até das cópias dela ao redor do mundo, como a Torre de Tóquio, então dá pra ir curtindo a longa descida.
Descendo as escadas.
Fora que nas escadas tu vê mais claramente a trabalheira que deve ter dado construir, porque são milhões de parafusos, ferros, conexões, etc, e tu anda bem no meio daquela “bagunça” de metais.
Uma dúvida que assola turistas do mundo inteiro é qual a melhor hora pra subir. De dia, pra ver todo o esplendor da cidade, ou de noite, pra ver a cidade das luzes com luzes ? Eu dei sorte e subi quando tava começando a anoitecer, daí deu pra pegar de dia no primeiro andar e de noite no último (pra você ver como a fila demora).
Vista da cidade de dentro da torre de noite
Lá em cima tem uma lojinha, coisa mais linda, cheia de imãs de geladeira, miniaturas, camisetas, chaveiros, guarda-chuvas, tudo que você imaginar com a dama de ferro estampada. Só que a galera acaba comprando mesmo é com os africanos provavelmente ilegais que vendem produtos ali na região. Barganhe que você consegue uns preços incríveis. E nem se preocupe com a língua, eles falam várias, alguns até português ! Quero saber o curso que eles fazem pra sabe tanta língua : P. Teve uma hora que um policial chegou e eles sairam tudo correndo, parecia camelô de Porto Alegre quando vem a fiscalização : P
Altas grades pra evitar quedas acidentais.
Se você é très chic e mega rico, pode jantar ou almoçar no restaurante Jules Verne que fica no primeiro andar, mas claro, tem que reservar com um tempão de antecedência. É por causa desse restaurante que aparece às vezes umas pessoas com roupas super finas, tipo vestido de festa no meio daquele monte de turista. Claro que quem vai no restaurante pode “furar” a fila.
De noite a torre fica toda iluminada, e de uma em uma hora, tem um show de luzes, coisa mais linda. Tem uns que até batem palmas quando começa a brilhar a torre, não tem jeito, todo mundo que é turista para pra ver,
Mais uma foto clássica que todo mundo tira, mas de noite.
Eu fiquei 5 dias em Paris, e olha, é pouco. Se puder uma fique uma semaninha (ou mais se você quer ir na Eurodisney e parque do Asterix). Melhor gastar mais tempo em Paris do que visitar 50 mil cidades da Europa e não conhecer direito nenhuma.