O Easy Recovery salvou a minha vida

Estava eu, feliz e contente, em mais um dia de trabalho. Pra quem não sabe, sou estagiária e programadora de uma empresa de Porto Alegre. Trabalho com Java para web. Bem. Estava eu quase terminando minha tarefa (porque os desastres só acontecem quando o trabalho está quase pronto), quando minha IDE, o Eclipse aponta um erro numa das classes.

Eu tinha uma classe que o Eclipse apontava problema. Olhei o nome e vi que não precisava mais dela. Então resolvi apagá-la para sair aquele x vermelho feio. Só que ao invés de selecionar a classe, selecionei sem querer, o package inteiro, ou seja, selecionei um conjunto inteiro de classes (umas 15 no total). Foi pedida a confirmação, e confirmei bem bela pois achei que estava sendo apagada só UMA classe. Ledo engano. Quando me dou conta da bela porcaria que aconteceu, quase tenho um surto. Eram justamente as classes que eu tinha gasto dias trabalhando e eu não tinha backup e nem tinha subido no CVS. Perguntei para alguns programadores mais experientes se não tinha alguma solução, e bem, não tinha. Nem na lixeira o negócio tava, tinha sido apagado por completo.


Queria apagar só a classezinha com x vermelho (ConsignaçãoDO), mas o mouse selecionava o package inteiro

Conformada com o acontecido, fui comunicar ao meu chefe. Digo a ele que perdi tudo e que não vou cumprir o prazo. Mas eis que ele diz: tenta usar esse CD, o Easy Recovery.

Como todos sabem, ou deviam saber, o Windows nunca apaga os arquivos do seu pc. O que ele faz quando você deleta é marcar o arquivo como apagado. Assim quando você instalar algo novo no pc, ele vai usar aquele espaço marcado e instalar por cima. O Windows não troca os número binários do arquivo que você quer apagar por zero. Isso porque, fazer isso, que seria “apagar de verdade” levaria muito tempo, desnecessariamente. Ou seja, o sistema operacional só apaga os arquivos logicamente e não fisicamente. Logo, quando você apaga a pornografia do seu computador, alguém com o Easy Recover pode pegar tudo de volta : P

O que softwares como o Easy Recovery fazem é procurar na memória por todos os arquivos marcados como apagados e mostrá-los para o usuário.

Mesmo parecendo tão seguro, nunca acreditei que funcionasse bem mesmo. Parei de acreditar em programas que tentam gerenciar o disco rígido quando ao usar o Partition Magic uma vez, ele ao invés de particionar o que eu queria, apagou uma partição, mesmo com eu fazendo tudo certinho.

Mesmo assim a situação era de emergência, então usei o Easy Recovery. Apenas alguns passos, totalmente intuitivos e bum, meus arquivos são recuperados (exceto por dois, mas eles não eram muito importantes) .

Só uma coisa pra dizer depois de tudo isso: viva a tecnologia !

O Beto Carrero World – eu adoro parques de diversão

Adoro parques de diversão. É um lugar que sempre me traz boas recordações. Como o próprio nome indica, é um lugar feito para as pessoas se divertirem. Eu me divirto.

Sou tão fã que conseguia me divertir até com os parques podres e caindo aos pedaços que tem no litoral gaúcho. Ou ainda com o parque Tupã. E mais ainda com as antológicas vindas do Playcenter para Porto Alegre (lembram, sempre que vinha ficava no estacionamento do Shopping Iguatemi).

Para uma fã de parques de diversão, o Beto Carrero World (e não Beto Carreiro) foi a grande guinada no meu conceito de parques. O Beto Carrero conseguia ser MUITO melhor do que qualquer outro que eu já tinha visto. Tão legal que já fui 2 vezes (uma com a família e outra no passeio da escola da oitava série) e poderia ir uma terceira.

Os motivos são vários. Primeiro, ao contrário dos outros parques que eu já tinha visitado, o Beto Carrero é um parque fixo e não itinerante. Assim, ele podia ter construções fixas e melhores, além de não precisar se preocupar com a mobilidade do parque. Fora isso, a arquitetura (dividido em vário mundos, imitando de certa forma o Magic Kingdom da Disney) e a disposição dos brinquedos e tudo mais podia ser muito mais trabalhado.

Mas não era apenas isso, existem ótimas atrações lá. Foi o primeiro lugar onde pude ir numa montanha russa com looping (ou seja, ficava de cabeça pra baixo). Também tinha uma atração muito legal que nenhum outro parque tinha: o Maximotion. Era legal porque era diferente, era mais do que um negócio qualquer andando em alta velocidade como montanhas-russas, kamikaze, revolution e etc. Era uma tela de cinema onde passava um filme em primeira pessoa de uma nave espacial viajando pelas galáxias mais distantes (qualquer semelhança com Star Wars não é mera coincidência). O legal é que as cadeiras mexiam de acordo com o filme, gerando uma sensação até bastante realística de simulação.

Para descansar das imensas filas, existiam vários ótimos shows. O bom do show é que ao contrário de uma atração onde tu fica meia hora na fila pra ficar 10 minutos no brinquedo, nos show as filas são menores, e eles têm em geral uma duração mais longa, tipo 30 minutos, possibilitando ficar sentado na sombra (às vezes no ar-condicionado) por meia hora, descansando. O melhor show era dos africanos loucos que faziam altos malabarismos. Eles até fizeram apresentações no Faustão e Domingo Legal se nao me falha a memória. Eu não gosto muito de circo, mas aquele show era bastante diferente e conseguiu me impressionar.

Dos parques brasileiros, queria conhecer ainda o Hopi Hari, parque de diversão localizado nos arredores de São Paulo, concorrente de luxo do Beto Carrero.

Num próximo post conto sobre a Disney, AKA: o melhor lugar para turismo do mundo.

Fiscal de vestibular: nada como ganhar dinheiro fácil e ainda ser temida

Recentemente fui sorteada para ser fiscal do concurso vestibular da UFRGS a ser realizado em Janeiro de 2008.

Em 2006 fui fiscal do vestibular e de um concurso público. E adorei. E adorei mais ainda ser escolhida novamente, no colégio que eu escolhi, e não em qualquer outro no fim do mundo.

Primeiro porque são 290 reais fáceis por apenas 5 manhãs de trabalho. Além disso, ganharei 2 camisetas que logo se tornarão pano de chão, já que sempre imensas e enormes.

Também tem a vantagem de eu poder emagrecer pois são 5 dias de calor absoluto. As salas em geral não tem ar-condicionado, às vezes tem ventilador de teto podre, assim você é obrigado a suar absurdamente até não aguentar mais : P

Mas a grande vantagem não é apenas o dinheiro. É o poder que o fiscal tem. A maior parte dos candidatos do vestibular são adolescentes de 17 anos, totalmente nervosos, com medo dos fiscais. É ótimo ver aquelas caras de pavor me olhando * as mais sádicas : PPP *

Além disso, alguns candidatos são bem simpáticos e batem altos papos com o fiscal. Fora que poderei ter altos small talks com o outro fiscal que ficar na minha sala. Ou quem sabe conversas interessantes mesmo.


Você aí do canto, colando, está eliminado !

Também terei que ler em voz alta pra turma toda, farei chamada, esse tipo de coisa que são boas pra curar um pouco a minha timidez aguda, que me atrapalha muito em apresentações na faculdade ou salões de iniciação científica. E é bom eu resolver esse problema logo por que semestre que vem terei que apresentar para uma banca o meu trabalho de conclusão de curso.

Outra vantagem é que terei umas 4 horas pra pensar na vida, no universo e tudo mais, pois não poderei ouvir iPod, não poderei ler nada, tampouco assistir algo. Será um teste de paciência, e um treino de meditação : P

Nada como ver a vida pelo seu lado bom : P

Madame Bovary

Obra francesa de 1857, umas das precursoras do realismo e polêmica na sua época. Muito triste e muito bem escrito. A premissa é simples, tipo uma novelinha mesmo. O que marca é como o autor transmite os sentimentos dos personagens, a forma como ele escreve a situação desesperadora que a protagonista se encontra. Eu nunca tinha lido um livro com frases tão bem colocadas. Claro, algumas partes do livro são bem entediantes, especialmente as descrições dos lugares e o final que me desapontou um pouco, não pelos acontecimentos em si, mas pelo final ter ficado arrastado e inferior ao resto do livro. Mas ainda assim, vale MUITO a pena. Pretendo ler de novo em breve, e quem sabe com o livro fresco na cabeça, escrever uma análise ou um textinho melhor do que esse : P

Então, o romance conta a história de Emma, moça criada no campo. Pessoa boa, mas ambiciosa até os ossos. Sonha com uma vida de luxo. Casa-se, por paixão, com Carlos Bovary (ou Charles, depende da tradução), um médico interiorano limitado, entediante e, ao contrário da protagonista, sem grandes ambições. Carlos era realmente apaixonado por ela mas a impossibilidade de dar a vida que ela almejava leva a protagonista a manter relacionamentos fora do casamento.

Capa igualzinha ao livro que li

O livro rende muitas discussões. O narrador é sempre isento. Emma Bovary é egoísta e fútil por achar que a felicidade está numa vida de sofisticação e poder. Mas ela tem culpa disso? É justificável o comportamento dela? Ela teria outra saída, numa época em que as mulheres não tinham possibilidade de ascender ? E o (péssimo) comportamento dela em relação a sua filha e marido? Só lendo para (talvez) tirar uma conclusão.

Altamente recomendado ! 6 estrelas de 5 possíveis (e não, não está errado :P).

Só mais um adendo. O autor, Gustave Flaubert, ao contrário de Machado de Assis, por exemplo, não era nada prolífico. Flaubert escreveu pouquíssimos livros. Sua obsessão pela palavra perfeita, la mot juste, fazia ele ficar anos escrevendo e reescrevendo o mesmo livro (talvez apenas faltasse um bom empresário ou editor pa ele liberar logo as obras: P). Só Madame Bovary levou 5 anos para ser escrito. Sorte nossa. Antes uma Madame Bovary do que mil livros bons ou regulares.

Pra finalizar, aqui e aqui, textos bem interessantes sobre o livro.

Treine e pratique francês pela internet

Como já disse em outros posts, francês é uma língua que precisa ouvir muito para aprender as nuances e os diferentes sons. Especialmente por haver sons bem estranhos, às vezes anasalados, guturais, etc. Bom, esse post tem o intuito de passar alguns sites interessantes com aulas para o aprendizado da língua da Amélie Poulain e Edith Piaf. Já indiquei uma vez o podcast do French Ecole em outro post, mas não custa lembrar que é bom. O que eu ainda não indiquei são os videos desse site . Assisti a um deles (aula 90, sobre galáxias e estrelas) e realmente são bem interessantes. Várias palavras são mostradas na tela e pronunciadas pelo narrador, que é bastante engraçado. Ótimo para iniciantes e intemerdiários além de serem bem pequenos (15 mega) e curtinhos, até porque ninguém quer gastar horas para aprender uma língua estrangeira (a menos que você tenha que ir pra França em breve).

La France …

No blog do Rodrigo Correia, ele recomenda o site e podcast Français Facile. Infelizmente esse eu ainda não tive tempo pra testar, mas pelo que ele diz no blog parece bastante bom.

E por fim, como dicionário eu sempre uso o lexilogos.

Au revoir e bons estudos !!!

Simplesmente amor: mais uma comédia romântica inglesa

Mais um filme que eu assisti 10 mil vezes e achei fraquinho e enrolado na primeira vez que vi. Pra quem não sabe, esse filme nada mais é do que a compilação de várias histórias de amor, cheia de atores estrelares, dirigida por Richard Curtis. É comédia romântica inglesa. Ou seja, possível ótimo filme.

Algumas das histórias de amor mostradas no filme são bem chatinhas e descartáveis, mas as legais compensam muito. O interessante é que o filme tenta mostrar diversos tipos de amor: o cara que se apaixona por uma mulher casada, o primeiro amor de uma criança, a paixão pelo colega de trabalho, o cara recém traído que redescobre o amor, a mulher traída que perdoa, etc.

A histórinha do Colin Firth (eu não acho ele bonito de morrer, mas o cara é muito charmoso) com a Aurélia é muito linda. Ele é um inglês que contrata uma portuguesa como empregada. Ela não fala nada de inglês e ele tampouco de português. Mas mesmo incomunicáveis se apaixonam, só na troca de olhares … ver depois o Colin tentando falar português (mesmo que de portugal e toscamente) é demais.

Outra cena de destaque é a que o carinha apaixonado pela Keira Knightley (essa mulher é muito linda) se declara. Uma das declarações mais bonitas do cinema (To me you are perfect). O videozinho da cena dela:

Depois tem também a história do Alan Rickman, sim o Snape dos livros do Harry Potter :P. Ele está casado há anos, tem filhos mas se apaixona por outra mulher ( a cena que ele comprar um colar pra outra, no qual aparece o ator do Mr. Bean é hilária). A esposa quando descobre vai pro quarto e chora sozinha pra depois aparecer perfeita, tudo para não brigar na frente dos filhos (tipo Bree van de Kamp). Mas no fim ela não se aguenta e pergunta qual é pro Snape. Acho que é a história mais pesada do filme.

O romance do Hugh Grant eu considero meio chatinho, a do casal que se conhece naquele “filme pornô” chatíssima. A do cantor velho mais ou menos pra menos. A do Rodrigo Santoro é meio descartável também. Com menos umas 3 ou 4 histórias o filme seria um pouco mais curto (tem 2 horas e 15 min, mas podia ter uns 90 minutos ), e assim possivelmente um sucesso maior do que foi.

Muito legal a cena onde a menininha que é paixão da criança loirinha canta “All I want for Christmas”. É o momento que quase todas as histórias se encontram. Adoro quando esses filmes cheios de histórias paralelas tentam conecta-las de alguma forma.

Destaque para a trilha sonora do filme, que tem umas musiquinhas bem bonitinhas. Bom, qualquer trilha que conte com God only knows, do Beach Boys merece destaque. Essa música toca quase no fim do filme, e não poderia haver canção que captasse melhor a essência de Simplesmente amor.

É, não adianta, sou uma romântica incorrigível.

Salgadinho Sensações sabor Champanhe

Como já mencionado várias vezes, adoro junkie food. Dentre elas, os salgadinhos são um dos destaques.

Para mim, os salgadinhos podem ser classificados em dois grupos: os de batata e os demais. No grupo dos de batata entra o famoso Ruffles, Lays, Pringles, Stax e o Sensações. Nos grupo dos demais, bem , entram os demais.

Dentre o grupo dos salgadinhos tipo batatinha, a Pringles reina absoluto. Em breve um post dedicado somente a ela, pois nesse, o assunto é a batatinha Sensações.

Bom, o salgadinho Sensações é um Ruffles mais fininho, sem as ondinhas, que além do sabor tradicional, tem sabores diferentes. Inicialmente eram esse 4 sabores: o tradicional (pacote azul), queijo suave (amarelo), orégano (verde) e tomate e azeitonas (vermelho). O sabor tradicional era meio insosso, mas os demais eram bastante bons, além de relativamente baratos (2 reais o pacotinho).


Não achei foto do pacote sabor champanhe

Mas a Elma Chips, por algum motivo, resolveu inovar. E começou a criar sabores malucos. O primeiro que me lembro é o frango a passarinho. Esse prato pode ser ótimo, mas definitivamente não combina com salgadinhos. O mesmo pode ser dito do sabor peito de peru.

Mesmo assim, frango a passarinho é um sabor, forçando um pouco, aceitável para um salgadinho (assim como peito de peru). Mas a Elma Chips resolveu apelar total: no clima de fim do ano, criou o sabor Champanhe. Sim, champanhe.

Vi aquilo no posto de conveniência hoje e precisava provar. A embalagem é preta, linda. Parecia que não tinha como champanhe combinar com salgadinho … mas mesmo assim comprei.

Abri o pacotinho, provei … e definitivamente não combina. É horrível, não comprem. O único mérito é não ser propaganda enganosa porque o negócio realmente tem gosto de champanhe, só que, como era de se esperar, tem um gosto ruim, parece sei lá, salgadinho molhado. Indefinível.

Me restou comer alguns e jogar mais da metade do pacotinho no lixo.

Expressões idiomáticas, pronúncia e minúcias do inglês

Já estive nos Estados Unidos 2 vezes, ambas na Disney, em Orlando (um hora farei um post sobre porque a disney é o melhor lugar do mundo). Ficar nos EUA, mesmo que por pouco tempo, me ajudou muito a melhorar o inglês (além de ter me ensinado que cheesecake não é feito de queijo, mas sim de chocolate).

Por exemplo, mesmo com alguns anos de curso de inglês aqui no Brasil, nunca consegui aprender a maldita pronúncia do ‘TH’. Nunca consegui pronunciar think, through, e qualquer coisa com TH decentemente. Mas trabalhando quase 3 meses na Disney, de tanto dizer thanks para os guests (visitantes), e mesmo de ouvir thanks duzentas milhões de vezes, de repente, como num passe de mágica, o TH saiu naturalmente. Era como se meu cérebro tivesse finalmente assimilado aquele novo som.

A chave de ouro aconteceu quando um amigo nosso, que era americano, comentou comigo e com meus amigos que muitos brasileiros não conseguiam fazer o som de TH. Ele então pediu para nós falarmos thanks. E quando eu disse ele elogiou a pronúncia.

Mas o interessante da viagem foram as várias palavras e expressões que eu não costumava muito a ouvir no meu curso de inglês.

Por exemplo, ouvia muito os americanos dizendo I’m glad ao invés de I’m happy. Isso me intrigava. Me intrigava tanto que uma hora perguntei porque eles usavam glad, qual era a diferença. Esperava ouvir uma diferença sutil mas nem isso. O americano simplesmente disse: “é a mesma coisa”. Decepcionante : P

Epcot Center, o meu parque

“It’s up to you” é outra expressão que eu ouvia bastante e significa algo como “só depende de você”. Outro detalhe legal é como os americanos chamam buffet livre ou rodízio: são os “all you can eat restaurants”. Comprido e simplista. Mas o pior são as palavras que só os americanos, ingleses, jamaicanos e demais falantes nativos de inglês notam a diferença. Dead e Dad, Pen e Pan, etc. Cheguei a perguntar a diferença, e para eles era nítida. Infelizente o tempo que eu fiquei lá não foi suficiente para eu notar essa diferença “gritante”. Mas já fiquei feliz tendo aprendido o TH mesmo : P

Mas o motivo que me levou a escrever esse post foi a nova expressão idiomática que aprendi com o seriado Desperate Housewives. “No strings Attached”. Já tinha ouvido muitas vezes essa expressão nos EUA, mas nunca corri atrás pra saber o que era. Pior que não tinha nem idéia do que podia significar. “Sem cordas colocadas” certamente não era : P

Mas então, graças ao seriado, descobri o que é. Significa “sem compromisso”. Tipo “faça isso, não precisa prometer nada, sem compromisso”.

Beatles Anthology: a história da melhor banda do mundo

Terminei de ver Beatles Anthology, finalmente. Beatles Anthology são 5 dvds licenciados que contam a história dos Beatles. Nos primeiros dvds, fala-se sobre a origem dos Beatles, como se conheceram, os primeiros shows no Cavern Club, a viagem para Hamburgo na Alemanha, o sucesso, até conseguirem ser a primeira banda britânica a emplacar um hit como número um na billboard, com a música I want to hold your hand, e assim irem para os EUA e iniciar a beatlemania ( a propósito, odeio a pronúncia de beatlemania em inglês: fica algo como “bitoumeinia”, horrível : P).

Anthology é interessante porque não é só entrevistas e história. Intercalam-se clipes e apresentações que o deixam mais leve e um deleite para os fãs. Uma das apresentações incluidas é no Ed Sullivan, um dos programas de maior audiência nos EUA (e que no mesmo teatro que era filmado, hoje em dia é produzido e o programa do David Letterman), no auge da beatlemania.

Como fã recente, descobri várias coisas interessantes como o fato de, devido a gritaria incessante dos fãs, os Beatles não conseguirem se escutar nos shows. Na época não havia a tecnologia necessária para isso, e eles tinham que ficar tocando como robôs, sem poder escutar e experimentar (os White Stripes, segundo me contaram, fazem sempre algo novo em todas as suas apresentações, coisa que os Beatles não podiam se dar o luxo), portanto não podiam evoluir no palco, apenas em estúdio.

O inicio da banda é muito bem detalhado e retratado nos dvds. Como sou bastante fã dessa fase inicial de “silly love songs”, amei. Minha crítica é em relação as últimas partes. Depois do Sargent Peppers, o anthology passa correndo, fast forward total. Mostram o Magical Mystery Tour bastantinho até, depois voam com o Yellow Submarine, falam pouquinho do White Album, pouquinho do Let it be, pouquíssimo do Abbey Road e acaba, super drasticamente. Me pareceu que os Beatles não queriam falar muito dos problemas do final, de como a banda acabou, ou criticar muito a Yoko Ono (talvez porque ela que cedeu os direitos do John Lennon), enfim, não queriam ficar cutucando feridas mal cicatrizadas. E assim, pouco se falou do final. Basicamente o fim do anthology são os clipes e (bem poucas) lamentações e explicações sobre o término da banda.

Mas claro, mesmo com a correria toda, o finalzinho do Anthology tem revelações bastante interessantes. Por exemplo, George Martin, o produtor de todos os discos, não gosta muito do White Album. Acha que seria um ótimo cd se não fosse duplo e as canções fossem mais criteriosamente escolhidas. Concordo. Desses albuns do final da carreira dos Beatles ( ou seja, pós Sargent Peppers), o meu favorito ficou sendo o Magical Mistery Tour. Tem Strawberry Fields Forever, Fool on the hill, All you need is love, Hello Goodbye, albúm excelente. White album não gostei e acho que não gostarei nunca.

Mas mesmo com os contras, o preço meio alto, e a falta de algum encarte bonito junto com os dvds, vale muito a pena. Terminei de ver e já sinto vontade de assistir de novo. Definitivamente não é o tipo de documentário que você assiste uma vez e deixa depois pegando pó na estante.

Filmes que eu odeio na primeira vez que vejo, mas amo na segunda, terceira…

Dizem que existe a regra dos 15 anos. Todos os filmes que você viu até os 15 anos são um lixo se você assisti-los de novo. Para mim, a regra bateu para vários filmes e seriados, mas eu senti mesmo foi com Caverna do Dragão. Que decepção ao rever os episódios.

Eu tenho uma tese. Acho que essa mesma regra vale ao contrário também. Alguns filmes você só gosta depois dos 15 anos. É como se fosse uma regra dos 15 anos inverted : P

Assistindo ao Clube da luta, de novo, no sábado, lembrei de outro filme que eu tinha odiado, achado superestimado, o pior filme do mundo, mas depois achado excelente: Beleza americana, de Sam Mendes. Esse eu assisti no cinema, achei uma bosta total, uma crítica vazia e sem fundamento, no qual os personagens não se dão bem simplesmente por falta de um mínimo de esforço. Mas quando assisti de novo, e acho que só vi porque tava passando na tv e eu não tinha nada pra fazer, vi que era uma obra prima da sétima arte. Já devo ter assistido ele umas 10 milhões de vezes.

Assim como Clube da luta, é uma crítica ao consumismo, mas Beleza americana também é uma celebração das pequenas coisas da vida. Um filme sobre a beleza escondida em cada canto (até num saco de lixo tosco voando : P).

Outro filme que eu acho que é assim, difícil de gostar de primeira, é Closer-perto demais. A diferença é que Closer sim, eu gostei de primeira. Acho que já tinham me falado tanto que ele era pesadão, ou talvez simplesmente porque assisti ele recentemente e não há um tempão , não quando ainda era quase uma criança, como os outros dois filmes.

O problema da regra dos 15 anos inverted é que agora não sei se não existem alguns filmes ótimos que vi quando mais nova e que penso que são ruins.